As autoridades portuguesas confirmaram que há um urso pardo em Portugal, uma espécie que já tinha sido dada como extinta em território nacional. Há mais de 170 anos que não se via um exemplar no país.

Foi a administração regional de Castela e Leão que alertou as entidades portuguesas para a presença do urso pardo, depois de terem sido descobertos estragos provocados pelo animal numa cidade da região. Pensa-se que o urso faça os seus trajetos entre os dois lados da zona fronteiriça entre Portugal e Espanha.

O animal foi avistado na região de Sanabria, próxima da fronteira com Portugal ao norte. Poderá estar em dispersão, mas fazer parte de uma população de ursos pardos da Cantábria que conta com quase 300 exemplares da espécie.

De acordo com os registos existentes, temos de recuar até à primeira metade do século XIX para encontrar histórias sobre o último urso pardo em território nacional. Segundo uma investigação que deu origem a um livro em 2017, o animal foi morto pela população do Gerês em 1843.

Até mesmo em 1650, já havia registos que apontavam para o desaparecimento dos ursos pardos entre as fronteiras de Portugal.

Ao longo dos tempos, as populações da espécie foram-se refugiando na zona espanhola das Astúrias. As autoridades do país têm em operação medidas para conservar esses grupos de ursos pardos, os quais estão agora estabilizados.

O muitíssimo aguardado filme Vingadores: Endgame chega hoje às salas de cinema portuguesas. A longa-metragem é a última produção da primeira fase do MCU (sigla em inglês para Universo Cinematográfico Marvel), o colossal franchise de filmes centrados em super-heróis que teve o seu início há mais de dez anos.

A faltar cerca de uma semana para a estreia, os irmãos Anthony e Joe Russo, realizadores do filme, publicaram nas redes sociais uma carta na qual pedem encarecidamente aos fãs que não divulguem spoilers do filme após o verem.

A dupla apela aos leitores que pensem em como se sentiriam se alguém lhes contasse aspetos centrais do filme antes de eles terem oportunidade de assistir.

A palavra “spoiler” tem vindo a ser amplamente adotada. Vem do verbo em inglês “to spoil”. Uma das suas interpretações é “estragar”. No fundo, quando alguém divulga o desenrolar da ação, o filme ou série em questão ficam estragados para a pessoa que ainda não viu.

Os fãs do universo Marvel são extremamente devotos e evitam saber de spoilers a todo o custo. Um fator fulcral para o incomparável sucesso comercial destes filmes é manter tudo o que esteja relacionado com o processo criativo e de filmagem em sigilo absoluto.

Isso fará com que as histórias e as surpresas atinjam os espectadores de forma muito mais impactante quando assistem às produções, tornando esses momentos em experiências.

É simplesmente natural que toda a equipa envolvida queira prevenir ao máximo que spoilers sobre o filme cheguem ao grande público através da Internet.

Consciente é o nome do último espetáculo de comédia stand-up de Luís Franco-Bastos, o qual o humorista está a promover na estrada desde janeiro deste ano.

Durante o mês de março, a sua agenda conta com atuações em locais do país como Coimbra, São Miguel e Pico.

Luís Franco-Bastos assume que a boa preparação é essencial para o espetáculo Consciente, e que o improviso ocupa apenas uma pequena porção da percentagem total de material humorístico.

O comediante promete que, nas próximas noites nos Açores, cujas datas se aproximam rapidamente, vai relatar em detalhe a sua hilariante experiência com a SATA, empresa açoriana de aviação.

A capacidade que contribuiu de forma mais acentuada para o catapultar de Luís Franco-Bastos para a fama foi a sua versatilidade vocal. O humorista imita diversas personalidades célebres de uma forma tão exímia que deixa qualquer um de queixo caído.

No entanto, o seu mais recente projeto ao vivo, Consciente, inclui conteúdo mais diversificado e menos imitações. Luís Franco-Bastos acredita que, se conseguir fazer o público passar o serão a rir, ninguém vai sair a desejar ter havido mais números de imitação.

Acumulando também tarefas de ator e locutor, o comediante atribui à Internet grande parte do crédito pelo crescimento sustentado da sua carreira.

O meio online tem concedido várias oportunidades a inúmeros novos talentos do humor. Esta realidade contribui em grande parte para a qualidade e variedade atuais no panorama humorístico nacional.

Consciente continuará em digressão de norte a sul do país até ao final de 2019, com uma interrupção no verão.

Há mais de 80 anos, em 1937, José Moreno foi capturado e condenado à morte. Decorria a Guerra Civil Espanhola. Em novembro de 2018, o ex-soldado completou 100 anos de vida.

José Moreno é hoje o último soldado basco. E a verdade é que nunca chegou a saber por que razão foi poupado da morte já sentenciada e deixado preso.

Com um século de existência, Moreno afirma conseguir lembrar-se claramente de tudo aquilo pelo qual passou. O sorriso rasgado reflete a sua alegria e surpresa por ainda estar vivo.

Em 1936, um enorme número de corajosos combatentes alistou-se no exército basco para apoiar na defesa do governo espanhol contra o golpe de Franco. Desse grupo, só resta Moreno.

Em 1937, Franco, com a ajuda dos seus aliados alemães e italianos de regimes fascistas, conseguiu tomar a cidade basca de Bilbao. Moreno conta que, após render-se aos italianos, foi condenado à morte pelas forças espanholas.

Mas o que realmente sucedeu foi que o soldado permaneceu na prisão e, posteriormente, num campo de concentração, durante alguns anos após a sentença.

Na atual conjuntura política espanhola, Moreno preocupa-se imenso com o ressurgimento da extrema direita. Um receio que, em dezembro de 2018, parece ter sido ainda mais alimentado pela conquista de assentos parlamentares na Andaluzia por parte de um partido nacionalista.

Mais do que ninguém, Moreno sabe, em primeira mão, que os extremismos podem sair vitoriosos de um momento para o outro.